
Simón Bolívar: biografia, lutas e importância

Este homem foi um grande herói para toda a América Latina. Cheio de pensamentos liberais, ele foi o líder das revoluções que deram independência à Venezuela, Peru, Colômbia, Equador e Bolívia.
Leia aqui um resumo da Biografia de Simón Bolívar, um grande homem que deixou sua marca na história, trazendo a liberdade para o povo latino americano.
Infância de Simón Bolívar
Simón José Antônio de La Santíssima Trinidad Bolívar Palácios y Blanco, ou apenas Simón Bolívar, nasceu no dia 24 de julho de 1783 na cidade de Caracas, Venezuela. Seus pais eram de origem espanhola, sendo seu pai um rico fazendeiro.
Quando Simón tinha seus 9 anos de idade, veio a perder ambos os pais.
Desde então, ele passou a ser educado por seu tio, Carlos Palácios. Estudou com Simón Carreño Rodriguez, que além de professor era um homem revolucionário, e passou vários de seus pensamentos liberais para Bolívar, fazendo com que o garoto desenvolvesse um interesse por política, rebelião e lutas pela liberdade.
Simón Bolívar pelo mundo
- Quando tinha 15 anos de idade, Simón foi para a Espanha a fim de terminar os seus estudos. Lá, conheceu Maria Teresa Rodríguez del Toro y Alayza, adorável mulher com quem ele se casou em 1802, aos 19 anos de idade.
- Retornou para a Venezuela com sua esposa logo após o casamento, e ela adquiriu febre amarela e pouco tempo depois veio a falecer. Simón sentiu tanto a morte de sua amada esposa que jurou nunca mais casar.
- Talvez tentando esquecer um pouco a sua perda, em 1804 ele começou a viajar pelo mundo. Conheceu os EUA pós independência e suas ideias de liberdade.
- Depois andou pela Europa, assistiu na França a coroação de Napoleão Bonaparte e entrou em contato com as ideias iluministas da revolução francesa.
- Na Inglaterra ele conheceu outros homens que tinham também pensamentos liberais revolucionários e que também tinham planos de iniciar um movimento de independência nas colônias europeias da América. Simón sugeriu que começassem por seu amado país de origem, e então todos partiram para a Venezuela em 1807.
Independência da Venezuela
No início, eles tiveram muitas dificuldades de implantar a revolução por lá, pois a elite era bastante beneficiada pela Espanha e por isso tornou-se perseguidora dos revolucionários.
Mas quando Napoleão dominou a Espanha e depôs o rei, a elite passou a apoiar a revolução e então Simón Bolívar tornou-se o líder revolucionário. Tomaram a capital, Caracas, e em 1811 o Congresso Nacional declarou a independência.
Mas a Espanha resolveu responder violentamente a esta revolução, e um dos parceiros de Bolívar que estava à frente das milícias, Francisco de Miranda, assinou um tratado de rendição para evitar o banho de sangue.
Bolívar o considerou como traidor, o prendeu e depois fugiu da Venezuela, refugiando-se na Colômbia, onde ele passou um ano preparando-se para retornar com uma revolução ainda mais forte.
Ele conseguiu o apoio dos Colombianos, que foram junto com ele lutar na Venezuela. Em 1813 eles invadiram Caracas, tomaram a cidade e proclamaram a segunda república na Venezuela. Simón foi nomeado Presidente da República.
Em 1819, ele fundou a Grande Bolívia, que se localizava onde hoje é a Colômbia, Venezuela, Panamá e Equador. Lá ele era o presidente e implantou uma espécie de ditadura na região.
Homenagens a Simón Bolívar
A figura de Simón Bolívar não ficou presa apenas às páginas da história: ela se espalha pelos espaços públicos, pela cultura e até pelo imaginário coletivo dos povos latino-americanos.

Na Venezuela, sua terra natal, o “Libertador” é praticamente onipresente. O país leva seu nome oficial como República Bolivariana da Venezuela, em alusão direta ao herói.
Monumentos, estátuas e bustos de Bolívar podem ser encontrados em quase todas as cidades venezuelanas, sendo a Praça Bolívar de Caracas um dos pontos mais emblemáticos, onde também está localizada a Catedral de Caracas, que guarda os restos mortais de sua família.
Além disso, o Panteão Nacional, também na capital, é o local onde repousam seus restos mortais, transformando-se em um espaço de reverência nacional.
Mas as homenagens não se limitam a espaços físicos: o nome “Bolívar” batiza desde moeda nacional (o bolívar soberano) até times de futebol e instituições de ensino.
Sua imagem também estampa cédulas, esculturas e murais espalhados por todo o território, reforçando diariamente a memória de sua luta.
Mais do que uma reverência, essas homenagens são uma forma de manter viva a ideia de que Bolívar não foi apenas um líder militar, mas o símbolo da identidade e do espírito de independência da América Latina.
Outras revoluções
Após a independência venezuelana, Bolívar apoiou os rebeldes colombianos que lutaram com ele em Caracas. Sob o comando de Antônio José de Sucre e com a ajuda de Bolívar os rebeldes conseguiram expulsar as forças espanholas de seu país, declarando também a independência.
Simón decidiu não parar por ai, e mandou suas forças continuarem a fazer guerrilhas por ouras colônias espanholas na América Latina.
Em 1824, as tropas lideradas por Bolívar e Sucre, conseguiram a liberdade do Peru e ainda proclamaram a República da Bolívia.
No ano de 1827, começaram algumas guerrilhas na Grande Colômbia, que desejavam a separação do território que era muito grande e abrangia povos com culturas e costumes diferentes.
Houve um atentado com o intuito de matar Simón Bolívar chamado “Conspiração Setembrina”, do qual ele conseguiu sair ileso.
Venezuela e Colômbia se separam da Grande Colômbia em 1829, e logo depois Quito declarou-se independente e trocou seu nome para Equador.
Simón ficou sem nenhum apoio político e se viu acuado, sendo forçado a deixar sua vida de revolucionário. Em 17 de dezembro de 1830, ele faleceu de tuberculose na Colômbia, mas foi enterrado na Venezuela em sua cidade natal, Caracas.
Pedagogo, graduando em Direito, pesquisador das relações de gênero e raciais, e apaixonado por justiça social. Criador do portal Toda Disciplina, onde compartilha conhecimento e debates sobre educação, direitos humanos e cultura.
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