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Castro Alves: biografia, obras e importância na poesia abolicionista brasileira

Antônio Frederico de Castro Alves, mais conhecido como Castro Alves, nasceu ao dia 14 de março de 1847, em Curralinho (hoje cidade de Castro Alves, nome adotado em 1900, em sua homenagem), na Bahia.

Seu nascimento aconteceu na fazenda das Cabaceiras, localizada a aproximadamente 42 km da vila de Nossa Senhora da Conceição de Curralinho.

Filho de Antônio José Alves e Clélia Brasília Castro, estudou em casa com seu pai, que lhe expôs a uma atmosfera literária, repleta de música, saraus, poesia, declamação de versos e outros. Com apenas 17 anos começou a produzir suas primeiras poesias.

Foi morar em Recife após o segundo casamento de seu pai no ano de 1862, pois ele tinha medo que seus filhos fossem acometidos pelo Mal do Século. No ano seguinte tentou entrar na Faculdade de Direito do Recife, mas não obteve sucesso.

Na capital pernambucana, no entanto, conquistou espaço na literatura, sendo um poeta sempre requisitado nas sessões públicas universidades e em outros eventos como plateias de teatros.

Trabalho

O poeta teve seu trabalho marcado pela temática do combate à escravidão, o que lhe deu o título de Poeta dos Escravos.

Seu primeiro trabalho foi publicado no dia 17 de maio de 1863, no primeiro número de “A Primavera”. Seu poema foi chamado “A canção do africano”.

O escritor padece de tuberculose no mesmo ano e, no subsequente, acontecem dois fatos marcantes em sua vida: seu irmão comete suicídio e ele consegue, enfim, entrar na Faculdade de Direito do Recife.

Regressa à Bahia e somente no ano de 1865 volta para o Recife. Nesse ano, ao dia 10 de agosto, recitou “O Sábio” em sua faculdade e se conectou com uma moça chamada Idalina. Alistou-se como voluntário para a Guerra do Paraguai e no ano ulterior experimenta a morte de seu pai.

Fundou, ao segundo ano de faculdade, junto a Rui Barbosa e mais amigos, uma sociedade abolicionista. Sua fase de mais intensa produtividade na literatura se deu a partir desse momento, inspirado por suas grandes causas: a abolição da escravatura e a República com ideais liberais.

Ainda em 1866, Castro Alves viveu um intenso romance com Eugênia Câmara, mais velha, com quem, no ano seguinte, viaja para a Bahia, onde Eugênia encena um drama escrito por ele, conhecido como “O Gonzaga ou a Revolução de Minas”. Em seguida, no Rio de Janeiro, ele conhece Machado de Assis e se muda para São Paulo, onde inicia o terceiro ano da faculdade.

Dois anos depois, rompe seu relacionamento com Eugênia e, em férias, fere seu pé esquerdo em uma caçada com um tiro de espingarda, que acabou resultando em sua amputação. Em 1870 ele retorna a Salvador e publica “Espumas Flutuantes”.

Castro Alves faleceu um ano depois, ao dia 6 de julho de 1871, vítima da tuberculose em Salvador.

Poesias mais conhecidas

  • A Canção do Africano
  • A Cachoeira de Paulo Afonso
  • Amemos! Dama Negra
  • Espumas Flutuantes
  • O Adeus de Teresa
  • O Navio Negreiro
  • Os Anjos da Meia Noite
  • Vozes da África

Pedagogo, graduando em Direito, pesquisador das relações de gênero e raciais, e apaixonado por justiça social. Criador do portal Toda Disciplina, onde compartilha conhecimento e debates sobre educação, direitos humanos e cultura.

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